Revista Convergências: estudos em Humanidades Digitais está com chamada aberta para submissão de trabalhos
A revista Convergências: estudos em Humanidades Digitais, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), está com chamadas abertas para o dossiê: Autenticidade dos Arquivos Digitais em pesquisas históricas. As submissões podem ser feitas até 30 de setembro de 2023, exclusivamente pelo site da revista. O dossiê é organizado pelos professores Viviane Barros Maciel, da Universidade Federal de Jataí (UFJ); Jorge Brandão Pereira, do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), de Portugal; Jonathan Machado Domingues, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e Luiz Gustavo Martins, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
O dossiê tem como principal objetivo apresentar estudos e pesquisas que utilizam arquivos digitais como fonte documental, considerando os processos de autenticidade neles presentes. Além disso, também objetiva pensar os acervos digitais e discutir, especialmente, sobre a profissão da comunidade historiadora e sua identidade com o registro de memória. Portanto, a ideia central é provocar o debate sobre a temática entre pesquisadores das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia, entre outros), instigando a difusão de informações quanto à autenticidade de arquivos digitais em produções científicas. Para este dossiê, a revista também aceita pesquisas e relatos de experiências arquivistas voltadas para o design digital, para a elaboração de softwares e programação dedicadas à otimização e disponibilização de dados.
O professor George Leonardo Seabra, do curso de História do Câmpus da UFT, em Porto Nacional, que é o líder do Grupo de Pesquisa em Mídias, Tecnologias e História (Mitechis), grupo criador da revista Convergências, esclarece que acervos físicos e digitais de bibliotecas, museus e arquivos, compreendem um conjunto de bens materialmente informacionais de áreas distintas do conhecimento que, além de preservar, promove o acesso à cultura, ao conhecimento e à educação; e possuem função social, política e científica. Com o fechamento físico dessas instituições, em âmbito mundial. Por conta da pandemia, mudou-se as formas de acesso à informação e fontes documentais. São nesses espaços que se encontram armazenados documentos que servem à realização de uma operação historiográfica para vários pesquisadores de diferentes campos científicos, pesquisas que passaram a ser feitas por arquivos digitais, o que justifica a necessidade de investigar o tema proposto pelo dossiê.
“Em decorrência da pandemia, o acesso às fontes se tornou, por algum tempo, integralmente digital, o que levou ao aumento das interfaces entre o campo digital e os acervos, afinal, o avanço das tecnologias digitais e sua convergência nos meios informacionais possibilitam a difusão dos acervos, que podem alcançar públicos amplos. Isso é possível pelo fato de esses acervos também serem elementos da cultura digital, a qual é uma síntese das relações sociais construídas nas conexões com as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) que, por sua vez, rompe com as fronteiras geográficas, com o design tradicional dos modos de se pesquisar e com as concepções de tempo, espaço e território. Como podem ser disponibilizados e acessados de lugares alhures, os arquivos digitais aceleram os processos e as dinâmicas de pesquisa e fornecem transparência aos resultados”, explica o professor.
Mais informações acesse a página da revista na internet.
Redes Sociais