Da UFT para o mundo: as experiências de intercâmbio que transformam vidas
Fantástico. Fundamental. Acolhedora. Essas são as palavras, geralmente, usadas pelos estudantes, técnicos e docentes para descrever as suas experiências de intercâmbio proporcionadas pela Universidade Federal do Tocantins nesses últimos 20 anos.
A internacionalização do ensino tem sido uma questão essencial para a UFT. Nos últimos anos, a Coordenação de Relações Internacionais tem se dedicado a retomar e revisar acordos de cooperação com a intenção de proporcionar uma experiência intercultural entre todos os convênios, reunir-se com outras universidades brasileiras para identificar boas práticas e aprimorar cada vez mais o apoio dados aos estudantes que fazem ou desejam fazer intercâmbio.
Uma dessas ações de auxílio começou em 2022, quando foi firmada uma parceria com o Centro de Estudos Continuados em Letras, Linguísticas e Artes do Câmpus de Porto Nacional para oferecer cursos gratuitos de idiomas. ''Estamos trabalhando, hoje, com cerca de 300 vagas em cursos de inglês porque nós identificamos que a maior dificuldade dos nossos estudantes ao participar de editais nacionais e internacionais é o idioma. Então fizemos esse projeto exatamente para preparar e dar suporte a esses alunos'', explica Ádila Lima, coordenadora de Relações Internacionais da UFT.
Acordos Vigentes
Atualmente, a UFT mantém acordos de cooperação com outras 33 universidades estrangeiras. Desse total, 17 são do continente americano, 14 da Europa, 1 da Ásia e 1 da África. Portugal é o país com mais instituições conveniadas, seguido do Canadá, Espanha, Bolívia e Colômbia.
Esses acordos foram o que possibilitaram o memorável semestre de Álida Andrade na Universidade da Flórida em 2009, quando ainda cursava Agronomia no Câmpus de Gurupi. Durante sua estadia nos Estados Unidos, ela se matriculou em quatro disciplinas e teve a oportunidade de fazer aulas de inglês com pessoas de diferentes nacionalidades.
''Nas primeiras semanas tem um pouco de estranhamento e dificuldade, é outra cultura e bem diferente da nossa, mas depois o ouvido acostuma com os diferentes sotaques, a vivência vai trazendo experiência e um aprendizado diário. Ao fim, uma bagagem enorme de conhecimento'', comenta Álida, que atualmente é técnica em laboratório na UFT e mestre em Produção Vegetal.
Os meses de intercâmbio foram tão marcantes na sua vida que a agrônoma segue divulgando as oportunidades que encontra para que outros estudantes tenham a mesma vivência. ''Sempre incentivei e continuo incentivando os alunos. A realidade de condições de aula são muito diferentes e agregam bastante'', complementa.
Assim como Álida, Marcelo Brice, professor do curso de Ciências Sociais do Câmpus de Porto Nacional, foi um dos que respirou novos ares e teve sua percepção da realidade transformada pelo intercâmbio.
O professor Marcelo retornou ao Brasil no final de 2022, após um ano em Portugal. Nesse período, o sociólogo se dedicou ao seu pós-doutorado no Instituto de Estudos de Literatura e Tradição da Universidade Nova de Lisboa, onde pôde aprofundar sua pesquisa sobre a obra do escritor Machado de Assis e estabelecer contato com outros pesquisadores.
''Para mim, foi um grande prazer poder entrar em contato com a maneira de lidar com o conhecimento acadêmico, intelectual, com as formas culturais de Lisboa, do Norte de Portugal e de outros países que tive a oportunidade de circular. Eu fui a Istambul, na Turquia, e Moscou, na Rússia, um pouco antes do começo da guerra''.
Apesar de breve, o tempo passado em Portugal foi significativo para as duas partes. No relatório sobre a estadia de Marcelo Brice elaborado por Abel Barros Baptista, professor catedrático da universidade portuguesa, são pontuadas as contribuições dadas aos grupos de pesquisas e eventos. Além disso, também foi expresso o desejo de novas colaborações.
''Eu acho que é fundamental para um pesquisador estar em contato com formas de construção do conhecimento distintas. Nesse sentido, ter ido até a Europa, ter estado em Lisboa, ter viajado por lá, é uma intensificação de trocas intelectuais e culturais que efetivamente ajudam na construção do conhecimento que pode nos legar formas de realização no Brasil distintas'', explica Brice.
PEC-G
Criado oficialmente em 1965 pelo Governo Brasileiro, o Programa de Estudantes-Convênio de Graduação surgiu com o intuito de oferecer a estudantes estrangeiros a oportunidade de realizar seus estudos de graduação em Instituições de Ensino Superior brasileiras. A UFT é parceira do programa e, há mais de uma década, recebe estudantes de vários países.
Malik Dane Richards é um desses estudantes. O jamaicano de 23 anos está no terceiro período do curso de Medicina do Câmpus de Palmas. O futuro médico conta que encontrou no Brasil a oportunidade de estudar gratuitamente em uma instituição de qualidade e conhecer uma nova cultura ao mesmo tempo.
''Escolhi estudar no Brasil porque surgiu uma ótima oportunidade de poder estudar e seguir meus sonhos e conhecer um novo país e a sua cultura ao mesmo tempo. Tem sido ótimo. O Brasil é um país incrível. Tive muitas aventuras ao longo dos anos e tenho vontade de explorar ainda mais'', pontua Malik.
Sobre a sua experiência na UFT até agora, Malik conta que se orgulha muito de ser estudante aqui e é grato pela forma como foi recebido. ''O ensino e a infraestrutura são muito bons. Além disso, os professores e outros profissionais são dedicados e muito carinhosos. Sempre fui bem acolhido''.
20 anos da UFT
Em 2023, a Universidade Federal do Tocantins celebra seus vinte anos de com muita alegria e quer convidar a conhecer um pouco de sua história e participar da festa. Acompanhe a série Especial UFT 20 anos pelo portal (https://www.uft.edu.br/) e nos perfis oficiais da instituição nas redes sociais.
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