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Covid

Pesquisadores da UFT participam de treinamento para sequenciamento genético do SARS-Cov-2

Por Virgínia Magrin | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Quarta, 29 de Junho de 2022, 12h10 | Última atualização em Quinta, 30 de Junho de 2022, 11h51

 

A Universidade Federal do Tocantins (UFT), por meio da disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias, ministrada pelo professor e infectologista Flávio Milagres e do Laboratório de Microbiologia Geral e Aplicada, coordenado pelo professor Raphael Sanzio Pimenta, integra o projeto nacional de Vigilância do Covid, desenvolvido pela pesquisadora Ester Sabino, professora da Faculdade de Medicina da USP e uma das responsáveis pelo primeiro sequenciamento do novo coronavírus no Brasil.

O projeto nacional tem como objetivo fomentar o protagonismo feminino nas pesquisas. A iniciativa do grupo Mulheres do Brasil, financiado pela empresa varejista Magazine Luiza, busca capacitar profissionais e fornecer equipamentos para criar estrutura de vigilância genômica em lugares onde ainda não existe, fornecendo equipamento de ponta e treinamento para várias equipes.

Treinamento

Ao todo, 24 estados foram convidados a participar deste trabalho, em uma estrutura multicêntrica, sendo a UFT a primeira a receber este convite no ano passado. No Tocantins, o trabalho é coordenado por Flávio Milagres. Ele explica que o objetivo é a transferência de tecnologia e criar uma rede de investigação em doenças infecciosas. Para isso, a instituição recebeu dois aparelhos o MiniON e o Qubit 4, que buscam sequenciar os agentes virais, além de receber treinamento para este trabalho.

O treinamento é feito pela Franciane Mendes de Oliveira, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical da USP, que integra o projeto. Ela conta que estão auxiliando os laboratórios no estudo que, inicialmente, começou como vigilância do covid e agora pretende trabalhar com outras metodologias, que é metodologia de sequenciamento por Minai; também auxiliar e capacitar o trabalho dos laboratórios de microbiologia molecular que ainda não trabalham com sequenciamento genético. “Promover a capacitação, descentralizar e multiplicar o conhecimento”, essa é a importância de trabalhos como este, pondera Franciane.

Foto: Virgínia Magrin

Milagres explica que o aparelho para além do sequenciamento de agentes virais, também pode ser usado para outros diversos agravos como parasitas e bactérias. “A partir do momento que conseguimos sequenciar, vamos conhecer a fundo o agente etiológico e determinar as ações, seja no campo da assistência, seja no campo da vigilância. É um projeto que tivemos a oportunidade de ser convidados no ano passado, ainda num pico de doença”, conta ele.

A partir disso, serão utilizadas as próprias amostras colhidas no estado, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado e o Lacen, tentando conhecer essa pandemia que ainda perdurará por muito tempo: “Quanto mais nós pudermos conhecer quais as cepas virais que estão circulando em nosso estado, se estão havendo mutações, isso é um grande aprendizado e uma ferramenta para proteção da nossa população”, afirma Milagres.

O pesquisador e professor da UFT destaca ainda que entramos na era futura da infectologia, na qual vai poder dizer quem é o agente, como ele se comporta, não mais aquela resposta vaga – é virose -, e sim ponta de pesquisa a nível nacional e até mundial, dentro de uma parceria que vai capacitar cada vez mais a equipe, demostrando o tanto que o Tocantins é uma potência: “Eu tenho uma perspectiva muito boa na pesquisa e também numa região sentinela para todo o Brasil, que é o Tocantins, porque estamos no meio do país, com fronteira de seis estados e realmente nós aqui podemos ser o estado mais novo e uma sentinela na vigilância das doenças infecciosas do Brasil”

A professora da UFT e também uma das responsáveis pelo Laboratório de Microbiologia Geral e Aplicada da UFT, Juliana Fonseca,  participou do treinamento e destacou a importância desta ação: “O laboratório cresceu muito com esses equipamentos que chegaram, com a rede da vigilância que estamos em contato, que é uma rede que está englobando o país inteiro, estamos tendo contato e abrindo portas para mais pesquisas e informações”.

O objetivo é sequenciar cerca de 100 amostras por mês, em todas as capitais do Brasil. O trabalho segue ainda com a possibilidade de novas vertentes de pesquisa, com a apuração de novos patógenos, com técnica mais apurada e um trabalho que não é apenas laboratorial.

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