Minicursos e conferência marcam abertura do Siredee; evento segue até quinta (8)
O primeiro Simpósio da Região Norte de Doenças Emergentes e Reemergentes (Siredee) do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT) teve início nesta terça-feira (06) com minicursos durante o dia e solenidade de abertura, seguido de conferência sobre Leishmaniose Visceral, à noite, no Colégio Santa Cruz, em Araguaína (TO). O evento segue até esta quinta-feira (08) e contará ainda com apresentação de 107 trabalhos científicos, além de palestras e mesas redondas. O hospital é filiado à Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh); e é o único hospital universitário do Estado.
O simpósio conta com a presença de cerca de 350 participantes, entre estudantes e profissionais da área da saúde, palestrantes de São Paulo, Piauí, Bahia, e do Tocantins. Na ocasião da abertura, estavam presentes o Reitor da UFT, Luis Bovolato, o chefe geral do Ministério da Saúde no Tocantins, Relmivan Milhomemum, o diretor do Câmpus de Araguaína, José Sanches, o gerente de Ensino e Pesquisa, Antônio Oliveira dos Santos Júnior, representando o superintendente do HDT-UFT, os coordenadores do SIREDEE, Wagner Mariano (geral), e Alexandra Rossi (técnica científica), entre outras autoridades.
Bovolato destacou a importância do evento para a Universidade, após a efetiva implantação do curso de medicina no município, que iniciará no próximo ano, tendo em vista o cumprimento da condição de ensino pesquisa e extensão, com o suporte em saúde de maneira geral na região de Araguaína. “Esse é o primeiro de muitos simpósios que virão, pensando nesse contexto local e regional, na possibilidade de participação de vários entes e na interação de diferentes profissionais; parabéns aos idealizadores”, concluiu.
Para o gerente de Ensino e Pesquisa, Antônio de Oliveira dos Santos Júnior, o simpósio é um grande marco na consolidação da instituição como hospital universitário, e tem o intuito de socializar saberes e práticas para que se forme uma rede de cooperação e com isso minimizar os problemas de saúde pública na grande área de doenças tropicais da região norte do Brasil.
Sobre a programação, o coordenador geral do SIREDEE, Wagner Mariano, explicou que a intenção é dialogar sobre as doenças emergentes e reemergentes com um foco mais amplo, e não somente com o olhar para a medicina. “Então, temos uma equipe multiprofissional envolvida; as atividades foram organizadas por temáticas, por exemplo: hanseníase, Leishmaniose, tuberculose, e depois uma equipe multidisciplinar para ver diferentes olhares sobre o mesmo tema”.
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Participantes
De acordo com a enfermeira, Tainá Soares Nunes, os temas tratados estão sendo de grande relevância. “O uso do antibiótico por exemplo foi um tema interessante, que mostrou os dois lados, tanto para o profissional, como o do paciente. Foram apresentados dados do HDT-UFT sobre a questão da resistência microbiana, com dados epidemiológicos do estado do Tocantins e a descrição da quantidade de casos, não é algo de fácil acesso; é também um diferencial”.
Já a estudante do 6º período de medicina Andressa Brito, destacou o fato de participar de um evento que trata sobre a realidade do Norte e do Nordeste. “É muito importante estar sempre nos atualizando sobre essas doenças que surgiram e acabam voltando, já que na sala de aula, a gente está muito voltado para causas muito fisiopatológicas, de doenças que muitas vezes nós não vamos ter contato”, comparou.
Sobre o simpósio
A realização do simpósio é da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP), por meio do Setor de Ensino e dos Programas de Residência Médicas da unidade hospitalar.
Doenças emergentes e reemergentes são aquelas cuja incidência em humanos vem aumentando nas últimas duas décadas ou ameaça aumentar num futuro próximo. Ao tentar especificar mais esta noção, verificam-se dois principais focos de atenção: o surgimento ou identificação de novos problemas de saúde e novos agentes infecciosos; e a mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, incluindo a introdução de agentes já conhecidos em novas populações de hospedeiros suscetíveis.
O HDT-UFT é especializado e referência em doenças tropicais, com enfoque em doenças infectocontagiosas, parasitárias e acidentes com animais peçonhentos e silvestres. Possui residências médicas em: Infectologia, Clínica Médica, Oftalmologia, Pediatria e Medicina da Família e Comunidade.
Possui Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com humanos implantado e recebe acadêmicos de cursos da saúde de várias instituições conveniadas. Por se tratar de um ambiente de assistência à saúde, de ensino e pesquisa surge a necessidade de criação de um espaço de diálogos sobre saúde pública e coletiva, dentre os assuntos relevantes no Brasil contemporâneo estão as doenças emergentes e reemergentes.
Mais informações no site: https://siredehdt.wixsite.com/siredee.
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