Termo de Cooperação para projeto de produção orgânica-solidária é assinado por UFT e Seagro
Em vista de alcançar socialmente e de forma colaborativa, partindo do ponto de vista da economia solidária, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) assinaram, na manhã desta segunda-feira (18), um termo de cooperação técnica para desenvolvimento das atividades do Projeto Raios de Sol.
Realizada na Seagro, a cerimônia contou com a presença do secretário da Agricultura, Clemente Barros; do reitor da UFT, Luis Eduardo Bovolato; de servidores da Diretoria de Tecnologias Sociais e Sociobiodiversidade da Seagro; de professores do Núcleo de Economia Solidária da UFT, entre eles o articulador geral do projeto, Édi Benini; e integrantes da Comunidade Quilombola Barra da Aroeira, do município de Santa Tereza do Tocantins.
Para o professor Édi Benini, o projeto Raios de Sol foi pensado como forma de fomentar o trabalho e a renda a partir de uma matriz organizativa, baseada em preceitos da economia solidária, da autogestão e do trabalho associado dentro de um regime colaborativo com sustentatibilidade. "Buscamos um conjunto de tecnologias sociais que sejam capazes de retirar uma comunidade de uma situação de vulnerabilidade e pobreza", ressaltou o professor.
Ainda segundo Benini, o projeto contém quatro eixos de organização, que buscam atacar todos os vetores da pobreza. "Um deles é a organização em geral; outro é a produção rural dentro da questão agroecológica; também existe o eixo da bioconstrução, que pensa no método construtivo baseado na tradição deles e nas técnicas da agroecologia e da permacultura; e, por fim, o eixo da logística, ligado à rede de intercâmbio que é a comercialização, compra coletiva e troca entre as comunidades", pontuou.
Qualquer comunidade pode se inscrever no projeto, que visa a expansão da economia solidária em diversos pontos do Tocantins..
O reitor da UFT, Luis Eduardo Bovolato, conta que o convênio permite o desenvolvimento pleno do projeto, melhorando a qualidade de vida e de produção de comunidades e, ao mesmo tempo, cumprindo com uma das perspectivas oferecidas na gestão da Universidade em ampliar as frentes de alcance do saber desenvolvidas e levar esse conhecimento para a sociedade. "A Seagro acessou um fundo estadual, ou seja, um recurso específico para a ação. A Universidade desenvolverá junto com o Estado e outros entes uma ação bem específica que é do ponto de vista de dar melhor organicidade socioprodutiva aos locais acessados", explica Bovolato.
Comunidade Barra da Aroeira
A primeira comunidade que se manifestou para participar do projeto foi a Comunidade Quilombola Barra da Aroeira, localizada no município de Santa Tereza do Tocantins (TO). Os trabalhos em torno da comunidade duram desde fevereiro deste ano. O professor explica que leva muito tempo para ser trabalhado, pois deve-se levar em conta a construção cultural da comunidade, sua adesão, compreensão e comprometimento com o trabalho a ser realizado; um verdadeiro trabalho de pesquisador. "Precisamos ter cuidado em sempre equacionar isso, para não ficar algo nem autoritário, nem solto. Por isso, o trabalho do Raios de Sol é amarrar o encontro entre a necessidade local da comunidade e nossa proposta metodológica", destacou.
Cartilha "Conhecendo o projeto estruturante Raios de Sol"
No início deste ano, organizadores do projeto Raios de Sol lançaram uma cartilha com o objetivo de fazer comunidades conhecerem mais sobre o tema do desenvolvimento orgânico-solidário autogestionário e o projeto Raios de Sol. A cartilha foi lançada nos municípios de Porto Nacional e Silvanópolis.
(Com informações da Assessoria de Comunicação da Seagro/TO)
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