No mês da consciência negra é preciso ir além de apenas lembrar da cultura e dos valores, principalmente dentro da Universidade. É necessário que haja espaços de discussões e de aprendizagem sobre a importância da valorização dessa significativa parcela da população. Pensando nisto, a partir desta quinta-feira (3), a Universidade Federal do Tocantins (UFT), realiza uma série de eventos propondo essa reflexão no Câmpus de Porto Nacional, em especial no que diz respeito à integração, o ensino, a pesquisa e a extensão desenvolvidos na instituição.
O evento é organizado pelas coordenações dos cursos de Ciências Biológicas, Letras, Geografia, Relações Internacionais e Ciências Sociais. Serão realizadas conferências, debates, palestras, rodas de conversas, oficinas, minicursos e atividades culturais. A programação do mês da consciência negra é aberta para acadêmicos, professores e sociedade em geral.
O organizador, Rosemberg Ferracini, explica que o objetivo da programação do mês da consciência negra é o de fortalecimento da própria população negra. "Precisamos consolidar o debate étnico no ambiente acadêmico. É necessário que haja discussões sobre como a sociedade se posiciona hoje em questões relacionados aos homens e mulheres negras e em qual seria o posicionamento esperado desta sociedade e como a UFT pode e deve contribuir", pontuou.
Sobre a programação:
A professora do curso de Relações Internacionais, Gleys dos Santos, participará da conferência intitulada "Perspectivas teóricas para entender as lutas e demandas sociais: as contribuições dos movimentos negros e movimentos das mulheres". Ela conta que a proposta do tema é o de trazer uma politização sobre os movimentos sociais, o feminismo negro e o papel da academia. "Quando trazemos estes diferentes espaços-tempo para o debate é uma maneira de extrair deles as diferentes formas como se constrói, se politiza ou se leva a um nível de compreensão os temas para a sociedade. É uma maneira de associar a discussão teórica da academia com a prática do movimento das mulheres e em como o movimento negro pode trazer à tona as demandas sociais".
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