I Encontro Estadual da Juventude Camponesa do Tocantins promove debate sobre questões sociais
O I Encontro Estadual da Juventude Camponesa ocorreu em Palmas entre os dias 7 e 10 de junho, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). O evento contou com cerca de 200 participantes, dentre eles, membros de movimentos sociais e sindicais, representantes de famílias agrícolas, assentamentos, lideranças jovens e também alunos e professores da instituição. No decorrer do encontro foram analisados temas como o da atual conjuntura política brasileira, sobre a juventude camponesa nos territórios de luta e resistência, cartografia social da juventude, criminalização dos movimentos sociais e gênero e diversidade sexual.
O evento, que foi organizado pelo Movimento Sem Terra (MST), contou em sua programação com atividades culturais, oficinas temáticas como a de capoeira, pintura indígena, sussa e saúde popular. O encontro encerra nesta segunda-feira (10) com um ato unitário da juventude campo e cidade, onde os participantes caminharão em protesto, com local e horário ainda não definidos.
Educação do Campo e os Movimentos Sociais
Dentre os temas também foi debatido sobre a "Educação do Campo e Juventude: Perspectivas, Limites e Desafios” durante mesa redonda na última sexta-feira (07). Estiveram presentes na mesa o professor do curso de Educação do Campo da UFT, Maciel Cover; Patrícia Barbara do Movimento, dos Atingidos por Barragens (MAB); e Carlos Augusto, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Maciel explica que o curso de Educação do Campo possibilita ao discente de Licenciatura uma identidade na área de formação de educadores, além de também possibilitar para que os alunos estejam mais politicamente comprometidos às lutas sociais e com o campo brasileiro. "Quando a Universidade abre as portas para um evento como este, ela está desempenhando o seu papel social de estar junto com a luta dos movimentos sociais, em especial os dos movimentos sem terra", conta.
O aluno do primeiro período do curso em Tocantinópolis e um dos organizadores do evento, Franciel Alves Carvalho, conta que o apoio da universidade é relevante para o fortalecimento das pautas do Movimento Sem Terra. "Sabemos como o apoio da universidade é engrandecedor para a nossa luta e isso demonstra ao poder público que não estamos sozinhos nela", ressalta.
Carta entregue à reitoria da universidade
Na ocasião, representantes dos alunos de Educação do Campo em Arraias e Tocantinópolis entregaram à pró-reitora da Prograd, Vânia Passos, que está no exercício da Reitoria da instituição, uma carta com as reivindicações dos discentes do curso. Na carta os estudantes narram os seus principais problemas dentro dos referidos câmpus e as dificuldades que eles encontram, como assistência estudantil. A professora Vânia ao receber a carta e escutar as reivindicações comentou que a universidade está atenta a todos os problemas apresentados e que vem buscando melhorias mesmo com o pouco recurso que a universidade possui. "É importante que ocorra esse diálogo entre a gestão e os discentes, porque esses são problemas sempre pautados em nossas reuniões de pró-reitorias, sabemos deles e estamos buscando resolvê-los. Mas também sabemos que não conseguiremos sem o apoio dos alunos, que são os protagonistas dessa luta", disse.
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