Pesquisador desenvolve bioinseticida vantajoso para saúde humana e agricultura
O professor Raimundo Wagner Aguiar, do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, criou uma solução ecológica para o combate de mosquitos e outros insetos do meio rural e urbano. O bioinseticida, produzido a base de plantas, irá ajudar na preservação do meio ambiente e na saúde humana.
O bioinseticida produzido a base da planta Siparuna guianensis (também conhecida como negramina), traz inúmeras vantagens como baixo custo e preservação do meio ambiente e da saúde humana. O estudo faz parte do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), financiado pelo Ministério da Saúde e conta com o apoio do Governo do Tocantins, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt).
O bioinseticida é produzido em um equipamento denominado biorreator industrial e está situado no Laboratório de biologia molecular do Câmpus da Universidade Federal do Tocantins em Gurupi, onde é coordenado pelo professor Dr. em Biologia Molecular, Raimundo Wagner Aguiar que atua na instituição e no desenvolvimento do projeto sobre Formulações de inseticidas biorracionais para controle de mosquitos. O estudo conta ainda com a participação de graduandos, mestrandos e doutorandos.
Uso do bioinseticida em combate ao Aeds Aegypti
Segundo o cientista o uso do bioinseticida é uma questão de saúde pública, principalmente nesse período chuvoso onde há grande infestação de doenças ocasionadas pelo Aedes Aegypti nos centros urbanos. E o bioinseticida tem sido a maneira de eliminar larvas e classes de mosquitos resistentes causadores da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus. O estudo já rendeu a publicação de três artigos científicos em parceria com outras instituições.
“O custo benefício é muito vantajoso a gestão pública. Para se ter uma ideia, o equipamento tem capacidade industrial de 1.200 litros em 72 horas de fermentação, ou seja, uma produção de 9.600 litros de bioinseticida mensal, com um custo de R$ 82,40 (Oitenta e dois reais e quarenta centavos) por litro. O produto é tão eficaz que possibilita uma rentabilidade surpreendente, com apenas uma gota é possível usar em um litro de agua. Ou seja, com 1.200 litros, seria possível combater a doença de uma população de 120 mil habitantes de acordo com a infestação predial do mosquito”, explicou o pesquisador Raimundo Wagner. (Com informações da Ascom/Fapt)
O que é a Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia?
O engenheiro de bioprocessos e biotecnologia conhece a química e a física relativas aos processos industriais que envolvem substâncias produzidas por seres vivos e aplica esse conhecimento no processo de fabricação de bebidas, alimentos, biocombustíveis e refino de petróleo. Define e inova sistemas de produção, monitora equipamentos e controla a qualidade em cada uma das etapas.
Na área médica, atua em equipe no desenvolvimento de vacinas e novos métodos de diagnósticos; na agroindústria, faz o melhoramento vegetal e da produção pecuária e cria bioinseticidas, produtos para combater pragas agrícolas que usam como ingrediente ativo vírus, fungos ou bactérias. Também pode atuar em controle e saneamento ambiental. Algumas atividades desse profissional se sobrepõem às funções dos engenheiros químico ou sanitário.
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PSC 2020/2
E você já fez sua inscrição no PSC 2020/2? As inscrições são online e seguem até o dia 29 de novembro! O Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia é ofertado no Câmpus de Gurupi e tem diversos projetos e ações para que o aluno possa desenvolver habilidades para atuar no mercado.
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