IV Jornada Interdisciplinar do PPGCom chega ao fim e tem sucesso de participação
Com cerca de 70 trabalhos submetidos, a IV Jornada Interdisciplinar do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociedade da UFT (PPGCom/UFT), com o tema “Tendências em Comunicação: a construção social nas narrativas contemporâneas", finalizou evento nessa quinta-feira (31). Os certificados de participação da Jornada já estão disponíveis online.
Os trabalhos foram apresentados em 12 eixos, como estudos do jornalismo, comunicação audiovisual, gênero, narrativas, comunicação nas organizações, novas tecnologias, saúde mental, trabalho e subjetividade, cultura, economia, desenvolvimento regional e outros. Os anais do evento estarão disponíveis em breve. A jornada teve como objetivo construir na universidade um espaço de debates e expressões de questões identitárias, políticas, culturais, dentre outras que mobilizem os demais setores da sociedade em relação às vulnerabilidades sociais.
Mesa de abertura
A jornada teve início na quarta-feira, com a mesa de abertura composta pelos professores Silvia Helena Belmino Freitas (UFC) que em sua fala destacou o seu trabalho “Fortaleza em música: narrativas e imaginários sobre a cidade”; o professor Nelson Russo de Moraes (Unesp) que tratou os desafios da pesquisa interdisciplinar e o professor João Nunes da Silva (UFT) que falou sobre a comunicação e suas narrativas em tempos de conflitos.
Silvia Helena explica que o projeto “Fortaleza em música” mapeia as músicas produzidas na Capital do Ceará para saber como ocorre o consumo da cidade a partir do olhar do compositor. “Ao consumir a música consumimos a cidade que produz imaginários feitos pelo olhar do compositor. Daí percebemos várias facetas de Fortaleza: a nostálgica, periférica, turística, moderna e muitas outras”, descreve.
Moraes afirma que a interdisciplinaridade é um importante desafio no exercício docente. “Os problemas se tornam mais complexos a cada dia. A interdisciplinaridade se fortalece para bons processos formativos. Ao contraponto disso existe um interesse que a educação seja cada vez mais precarizada, reduzindo a criticidade e interdisciplinaridade e o professor precisa resistir”, disse.
Já Silva afirma que temos que temos uma narrativa de dominação criada pelas elites. “Para a classe hegemônica, o pobre tem que ficar no seu lugar. Ele não precisa ter educação suficiente para questionar, criticar. Temos ataques severos as universidades neste momento pelo Estado, que também desqualifica a universidade pública para dar margem ao setor privado. Precisamos resistir a essa realidade de destruição e criar uma narrativa de enfretamento”, asseverou.
O professor colombiano Johnny Orejuela, doutor em Psicologia do Serviço Social pela Universidade de São Paulo, finalizou a jornada com a conferência que tratou dados desafios da quarta revolução industrial no trabalho, na educação e na sociedade. “Estamos em um momento de mudança significativa que tem como suporte a transformação tecnológica e digita. É um problema cultural da sociedade geral. Precisamos nos informar melhor e saber quais são os impactos dessa nova fase em nossas vidas”, completou.
Para uma das organizadoras do evento, Liliam Ghizoni, a IV Jornada representou a união de esforços para fazer acontecer um evento de qualidade, gratuito, na universidade pública. “Valorizando a troca de saberes, não só com a comunidade acadêmica, mas também com o público externo”, destaca.
A IV Jornada contou ainda com quatro sessões denominadas “Conversando Sobre...” que expuseram temas interdisciplinares de interesse da área da comunicação como direitos humanos, ética no jornalismo, novas mídias, noticiabilidade e fake news.
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